Estatísticas com Excel - aprender e praticar na prática

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

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Ao analisar dados, rapidamente se depara com a necessidade de identificar relações entre diferentes variáveis. Neste tutorial, vou mostrar-lhe como efetuar uma análise de contingência no Excel para quantificar a relação entre duas variáveis nominais. Utilizaremos um exemplo prático da indústria de fornecimento automóvel para compreender como obter informações valiosas a partir dos dados.

Principais conclusões

  • A análise de contingência permite a investigação de relações entre duas variáveis nominais.
  • O coeficiente de contingência quantifica a força da relação.
  • Uma tabela dinâmica no Excel é uma ferramenta indispensável para a análise.

Guia passo-a-passo para a análise de contingência

Passo 1: Preparar os dados

Antes de começar a analisar contingências no Excel, é necessário certificar-se de que os dados com que está a trabalhar estão corretamente preparados. Remova todas as definições de filtro para garantir uma visão completa dos dados.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Crie uma síntese que inclua o gerente de produção e as informações de refugo como dados nominais. No nosso caso, vamos concentrar-nos nos líderes de turno A, B e C e deixar de fora todos os outros representantes.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Etapa 2: Criar tabela dinâmica

Para efetuar a análise de contingência, é necessário criar uma distribuição de frequência bidimensional que mostre a frequência com que ocorre cada combinação de gestor de produção e refugo. Para tal, vá a "Inserir" na barra de menus e selecione "Tabela dinâmica".

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Selecione o intervalo de dados relevante e confirme que os títulos são reconhecidos corretamente. A sua tabela dinâmica está agora criada e pode comparar os campos para gestores de produção e refugos.

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Etapa 3: Analisar frequências

Uma vez criada a tabela dinâmica, é possível determinar as frequências absolutas. Coloque as caraterísticas nas linhas e colunas da tabela dinâmica. Isto mostra-lhe quantas rejeições houve por supervisor de turno.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Observe a tabela dinâmica e analise os resultados. Preste especial atenção à distribuição das variáveis para determinar qual o supervisor de turno que tem mais ou menos rejeições.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Passo 4: Calcular as frequências esperadas

Para calcular o coeficiente de contingência, é necessário determinar as frequências absolutas esperadas. A fórmula geral é: (N_{ij} = \frac{(R_i \times C_j)}{N}), em que (R) é a frequência marginal das linhas e (C) é a frequência marginal das colunas.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Aplique este cálculo aos valores na sua tabela dinâmica. Certifique-se de criar uma tabela separada para as frequências esperadas para manter as análises claras.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Etapa 5: Calcular o valor do qui-quadrado

Agora, calcule o valor do qui-quadrado para quantificar a relação entre as variáveis. A fórmula é:

[ \chi^2 = \sum \frac{(O{ij} - E{ij})^2}{E_{ij}} ]

Em que (O) é a frequência observada e (E) é a frequência esperada.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Subtraia as diferenças entre as frequências observadas e esperadas e eleve-as ao quadrado.

Passo 6: Calcular os coeficientes de contingência

O último passo é calcular o coeficiente de contingência. A fórmula para o cálculo é

[ K = \sqrt{\frac{\chi^2}{N}} ]

Utilize o valor do qui-quadrado calculado anteriormente e o número total de observações (N).

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Depois de ter calculado o coeficiente de contingência, pode interpretar o resultado. A nossa análise mostrou-nos que o coeficiente de contingência de 0,077 indica uma correlação fraca entre as variáveis.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Etapa 7: Interpretar os resultados

As etapas finais da sua análise consistem em interpretar os resultados. Um coeficiente de contingência próximo de 0 indica que não existe praticamente nenhuma correlação entre as variáveis. Um valor de 0,08 indica que o diretor de produção não tem influência significativa na ocorrência de rejeições.

Análise de contingência no Excel: Compreender as correlações

Resumo

Neste guia, aprendeu a efetuar uma análise de contingência no Excel para identificar relações entre variáveis nominais. Aprendeu a preparar os seus dados, a criar uma tabela dinâmica e a efetuar os cálculos necessários para o coeficiente de contingência.

Perguntas mais frequentes

Como lidar com um grande volume de dados?Se estiver a trabalhar com um grande número de caraterísticas, classifique os dados em grupos para simplificar a análise.

Posso efetuar a análise de contingência noutras ferramentas de software?Sim, os princípios básicos da análise de contingência são aplicáveis em muitos softwares estatísticos e linguagens de programação, embora os passos possam variar.

Que variáveis são adequadas para a análise de contingência?As variáveis de escala nominal são ideais para este tipo de análise, uma vez que não são ordenadas.

Como interpretar o coeficiente de contingência? Um valor entre 0 e 0,3 indica uma correlação fraca, entre 0,3 e 0,6 uma correlação moderada e a partir de 0,6 uma correlação forte.